Raul de Leoni (1895 - 1926)
Ironia! Ironia!
Minha consolação! Minha filosofia!
Imponderável máscara discreta
Dessa infinita dúvida secreta
Que é a tragédia recôndita do ser!
Muita gente não te há de compreender
E dirá que és renúncia e covardia!
Ironia! Ironia!
És a minha atitude comovida:
O amor-próprio do Espírito, sorrindo!
O pudor da Razão diante da Vida!
- Comemorado na Semana de 22 pela publicação do livro de poesias Luz Mediterrânea, Raul de Leoni é negligenciado pela crítica nos anos seguintes. Sobre ele, disse Carlos Drummond de Andrade:
"É um poeta diferente, de expressão muito cuidada e elegante, mas
não se confunde com os cultores do parnasianismo em agonia. O
modernismo ainda não surgira; o simbolismo já não dava mais frutos.
É um espírito imbuído de pensamento clássico, a que acrescenta
um desencanto moderno, no sentido filosófico. Esse poeta não fará
escola: demasiado civilizado, sua aristocracia natural há de marcá-lo
e isolá-lo."
Para saber mais:
http://www.rauldeleoni.org/Raul%20de%20Leoni.html
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Sexta concreta
PÓS-SONETO, de Augusto de Campos
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
A poetisa das femininas e feministas
GILKA MACHADO (Rio de Janeiro -1893 - 1980)
Volúpia
Tenho-te, do meu sangue alongada nos veios,
à tua sensação me alheio a todo o ambiente;
os meus versos estão completamente cheios
do teu veneno forte, invencível e fluente.
Por te trazer em mim, adquiri-os, tomei-os,
o teu modo sutil, o teu gesto indolente.
Por te trazer em mim moldei-me aos teus coleios,
minha íntima, nervosa e rúbida serpente.
Teu veneno letal torna-me os olhos baços,
e a alma pura que trago e que te repudia,
inutilmente anseia esquivar-se aos teus laços.
Teu veneno letal torna-me o corpo langue,
numa circulação longa, lenta, macia,
a subir e a descer, no curso do meu sangue.
Pintura de Claude Monet
"Madame Monet and her son" (1875)
Volúpia
Tenho-te, do meu sangue alongada nos veios,
à tua sensação me alheio a todo o ambiente;
os meus versos estão completamente cheios
do teu veneno forte, invencível e fluente.
Por te trazer em mim, adquiri-os, tomei-os,
o teu modo sutil, o teu gesto indolente.
Por te trazer em mim moldei-me aos teus coleios,
minha íntima, nervosa e rúbida serpente.
Teu veneno letal torna-me os olhos baços,
e a alma pura que trago e que te repudia,
inutilmente anseia esquivar-se aos teus laços.
Teu veneno letal torna-me o corpo langue,
numa circulação longa, lenta, macia,
a subir e a descer, no curso do meu sangue.
Pintura de Claude Monet
"Madame Monet and her son" (1875)
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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Flávio Luis Ferrarini
BOBAGENS
Pé-de-galinha dá em velho
Espinha dá em adolescente
Pneu dá em baranga
Verruga dá em parente
Moscão dá na sujeira
Essas bobagens dá na gente
http://www.flavioluisferrarini.com.br/int_outros.php?id=2&tipo=2
Pé-de-galinha dá em velho
Espinha dá em adolescente
Pneu dá em baranga
Verruga dá em parente
Moscão dá na sujeira
Essas bobagens dá na gente
http://www.flavioluisferrarini.com.br/int_outros.php?id=2&tipo=2
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