3 fatos se cruzaram nessa minha quarta-feira chuvosa: um manifesto sobre a nudez no cinema brasileiro, o filme sobre Garrincha e a chamada de um programa de TV.
O manifesto do ator Pedro Cardoso tem levantado uma discussão antiga sobe as obras brasileiras. Não raro, ouço comentários maldosos sobre nossos filmes, fazendo referência à falta de conteúdo das obras e ao excesso de nudez apresentado por elas.
A arte não pode ser contida ou moralizada.
No entanto, a arte não pode servir de alicerce para exploração. Não pode justificar a venda do corpo, nem a massificação do sexo, palavra aqui usada no seu sentido mais amplo.
O ator foi corajoso em apresentar uma opinião que pode contariar as tendências, mas que certamente se aplica em muitos casos do cinema nacional.
O filme sobre Garrincha a que assisti essa noite é mais um caso. Concentra muitas cenas de sexo, peitos, bundas, etc. Em algum momento se faz um vazio entre a emoção que se quer dar às cenas e o caráter pornográfico explicitado no filme. Ele não emociona e não excita.
A chamada de um programa líder de audiência nas tardes de sábado e tido como familiar foi ao encontro das tendências.
O programa anuncia a atração vedete da semana: mulheres de não mais de 30 anos exibem seus corpos, alguns seminus, no corcurso em que representam equipes de futebol.
Pensei se não era apenas um pretexto da produção aquela gincana na qual uniriam o prazer do futebol ao da nudez em plena tarde de sábado.
Assim como a vida do mulherengo mas, acima de tudo, craque de bola Mané Garrincha se tornou um pretexto para rodar um filme erótico.
Por esses e por outros tantos motivos, cabe discutir e respeitar a opinião de Pedro Cardoso.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
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