sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sexta de Florbela Espanca!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui ...
além...
mais este e aquele, e outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não
amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou
desprender? É mal? É bem?
Quem disse que se pode amar alguém
durante a
vida inteira é porque mente.

Há uma primavera em cada vida:
é
preciso cantá-la assim florida,
pois se Deus deu voz foi pra cantar.
E se
um dia hei de ser pó, cinza e nada
que seja a minha noite uma
alvorada,
que me saiba perder... pra me encontrar...

(Florbela
Espanca - 1894-1930)

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai Fê...vou chorar mais..Lindo esse poema..por um lado triste..por outro esperançoso..vou me agarrar ao lado esperançoso..
bjaoo